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Enquanto o VW T-Cross Highline tem fila de espera, versões 1.0 encalham

Versão topo de linha é a mais vendida do modelo, que só tem descontos nas versões mais baratas – e apenas em algumas regiões

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
28 jun 2019, 17h06
O T-Cross mais caro também é o que faz mais sucesso nas lojas (Divulgação/Volkswagen)

Toda a expectativa gerada em torno do Volkswagen T-Cross parece ainda não ter se transformado em vendas. Entre fevereiro e maio, foram vendidas 5.050 unidades do SUV compacto no Brasil.

Um número ainda distante do Jeep Renegade, líder do segmento e que teve 5.574  unidades vendidas apenas em maio. 

O T-Cross parece ainda estar conquistando seu espaço. Nas vendas parciais de junho, o Volkswagen já aparece em 18°, com 2.732 unidades, posição melhor que em maio, quando fechou o mês em 23° com 3.003 exemplares a mais nas ruas.

De toda forma, segue atrás de Renegade, Creta, Kicks e HR-V.

T-Cross Comfortline é o segundo mais vendido, mas sobra nas lojas (Divulgação/Volkswagen)

QUATRO RODAS investigou o que está acontecendo com o SUV compacto da Volkswagen.

Procuramos as concessionárias. A despeito do relativo sucesso que o T-Cross teve quando chegou às lojas, vendedores já reclamam de procura pelo modelo abaixo do que era esperado.

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Isso só não vale para a versão Highline, que tem preço inicial de R$ 109.990 e é a única equipada com o motor 1.4 TSI de 150 cv. Levantamento da consultoria Jato Dynamics mostra que esta versão, sozinha, é responsável por 55% das vendas do modelo.

Na sequência vem a versão Comfortline, com 36% de participação. A versão 200 TSI, disponível com câmbio manual e automático, não representa nem 10% das vendas.

Volkswagen T-Cross Versão Motor Fevereiro Março Abril Maio Total Participação
200 TSI MT 1.0 TSI 5 3 127 135 3%
200 TSI AT 1.0 TSI 5 84 218 307 6%
COMFORTLINE 1.0 TSI 37 606 1182 1825 36%
HIGHLINE 1.4 TSI 38 103 1166 1476 2783 55%
Vendas totais em 2019 5050

Os estoques das concessionárias refletem isso.

Configurações do T-Cross topo de linha – em especial as com o pacote Tech & Beats, com faróis full-led, park assist e sistema de som Beats, que custa R$ 6.050 extras –, têm a algumas semanas de espera em praças do interior de São Paulo e no Rio de Janeiro.

Versões 200 TSI não representam mais que 9 das vendas do SUV (Divulgação/Volkswagen)

Enquanto isso, as versões abaixo, 200 TSI e Comfortline, costumam estar disponíveis a pronta entrega em diversas cores e com diferentes pacotes de opcionais. Algumas lojas, inclusive, praticam descontos para algumas configurações.

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Na Grande São Paulo, porém, há toda a sorte de T-Cross disponível a pronta entrega, mas não há qualquer desconto.

O que os vendedores dizem não existir é T-Cross Highline sem o Pacote Innovation, que inclui o quadro de instrumentos digital, a central Discover media e modos de condução, que custa R$ 4.000.

Só a versão Highline tem interior estilizado, banco de vinil e quadro de instrumentos digital (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os equipamentos de tecnologia exclusivos do T-Cross Highline são, também, o principal chamariz da versão. Julio Cesar Castro, do Rio de Janeiro (RJ), já chegou na concessionária certo de que trocaria seu Honda HR-V por um T-Cross 1.4.

“Faróis em led, quadro de instrumentos digital, a central Discover media, o Park Assist e o som Beats foram os equipamentos que me chamaram a atenção. O motor também foi importante, mas os equipamentos foram o ponto decisivo”, conta.

Faróis full-led são opcionais das versões Comfortline e Highline (Divulgação/Volkswagen)

Já Gustavo de Carvalho Araújo, de Goiânia (GO), disse também ter olhado o Chevrolet Tracker (1.4 turbo de 153 cv) e o Hyundai New Tucson (1.6 turbo de 177 cv) para trocar seu antigo Nissan Kicks SL.

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“Sinceramente, troquei mas pelo pelo carro e pelo motor. Optei pelo VW pela qualidade do carro e pelo pós-venda”, comenta. Mas Gustavo diz ter se impressionado com a versão 1.0 turbo, preterida por boa parte dos compradores.

“Usei o 1.0 por uma semana e o achei fantástico. Me amarraria ter ele, porém, na versão manual. Os itens da 1.0 Comfortline são praticamente os mesmos da Highline, mas sem o quadro de instrumentos digital.”

A diferença de desempenho entre os dois não é tão grande quanto pode ser presumido.

O zero a 100 km/h, por exemplo, é cumprido em 11,3 s pelo 1.0 e 9,7 s pelo 1.4. O consumo é quase igual, mas o 1.4, por ter start-stop, é um pouco melhor na cidade. Confira as fichas de teste:

Volkswagen T-Cross Highline 250 TSI Volkswagen T-Cross Comfortline 200 TSI
Aceleração Aceleração
0 a 100 km/h: 9,7 s 0 a 100 km/h: 11,3 s
0 a 1.000 m: 30,8 s – 171,3 km/h 0 a 1.000 m: 32,7 s – 160,2 km/h
Retomada Retomada
40 a 80 km/h (em D): 4,1 s 40 a 80 km/h (em D): 5 s
60 a 100 km/h (em D): 5,2 s 60 a 100 km/h (em D): 6,3 s
80 a 120 km/h (em D): 6,7 s 80 a 120 km/h (em D): 7,6 s
Frenagem Frenagem
60/80/120 km/h – 0 m: 13,7/24,6/54,3 m 60/80/120 km/h – 0 m: 14,3/24,9/56,4 m
Consumo Consumo
Urbano: 12,3 km/l Urbano: 11,8 km/l
Rodoviário: 15 km/l Rodoviário: 14,7 km/l
Ruído interno Ruído interno
Neutro/RPM máxima: 39,6/69,7 dBA Neutro/RPM máxima: 37,5/68,3 dBA
80/120 km/h: 61,3/66,7 dBA 80/120 km/h: 60,5/66,4 dBA

A diferença de preços, porém, não é tão pequena. Um T-Cross Comfortline parte de R$ 99.990 e chega a R$ 111.940 com bancos de couro, central Discover media, partida por botão, faróis full-led, park-assist e sistema de som Beats.

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Já o T-Cross Highline de R$ 109.990 pode chegar aos R$ 120.040 com central Discover media, faróis full-led, park-assist, sistema de som Beats, além do quadro de instrumentos digital. Teto solar panorâmico somaria R$ 4.800 nas duas versões.

O resultado da demanda mais forte pela versão Highline é que, enquanto esta é negociada seguindo praticamente à risca a tabela oficial, as 1.0 já são oferecidas com descontos.

No exemplo abaixo, um T-Cross 200 TSI automático, que custa R$ 94.490, é vendido completo (com o pacote Pacote Interactive II, com câmera de ré e sensores de estacionamento, seu único opcional) por R$ 89.990 – desconto de R$ 7.490. 

(Reprodução/Facebook)

Será que o brasileiro ainda não está preparado para a ideia de ter um SUV 1.0 na garagem, ainda que com turbo e injeção direta?

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