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Com motor do Etios, Toyota Yaris sinaliza o fim do downsizing

Mesmo sem injeção direta ou turbo, motor novo (semelhante ao do Etios nacional) é maior, mais potente e mais eficiente

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 jan 2017, 17h45 - Publicado em 31 jan 2017, 17h44

Primo rico do Toyota Etios, o Yaris vendido na Europa atraiu olhares esta semana por uma mudança que vai contra a tendência de downsizing, redução dos motores em busca de eficiência. A fabricante japonesa trocou o motor 1.3 do compacto por um 1.5 muito parecido com o do Etios fabricado no Brasil.

Já falamos em outra ocasião sobre a possibilidade do motores voltarem a crescer. Ocorre que blocos menores, como os de três cilindros, estão mais sujeitos a um aumento de temperatura quando são muito exigidos. Isso aumenta a emissão de hidrocarbonetos não queimados, partículas finas e monóxido de carbono.

Toyota Yaris
O Toyota Yaris é, basicamente, uma versão rica – e mais moderna – do Etios (Divulgação)

Além da Mazda, que descartou o downsizing desde o início, a Toyota seria a primeira fabricante a inverter a tendência de redução no tamanho dos motores. “Este novo motor vem em antecipação ao padrão Euro 6c e das regras de homologação com emissões medidas em condução real, não em laboratório” disse a fabricante japonesa.

Fabricado na Polônia, o 1.5 16V do Yaris é Dual VVT-i (tem comando de válvulas variável na admissão e no escape), exatamente como o motor fabricado em Porto Feliz (SP) e usado no Etios brasileiro desde a linha 2017. Mas, enquanto o Etios nacional com gasolina gera 102 cv a 5.600 rpm e 14 mkgf de torque a 4.000 rpm, no Yaris são 111 cv e 13,9 mkgf a 4.400 rpm.

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Interior do Toyota Yaris Hybrid
Nada de exageros nas texturas dos plásticos ou quadro de instrumentos central no interior do Yaris (Divulgação)

Essa diferença nos números dos motores indicam as características do polonês. Mais moderno, tem sistemas como recirculação dos gases de escape (EGR) refrigerado e comando de válvulas variável inteligente (VVT iE), que consegue regular a abertura de válvulas rapidamente para trabalhar em ciclo Atkinson, reduzindo o consumo em condições de pouca aceleração.

Além disso, o motor do Yaris funciona com taxa de compressão maior, de 13,5:1, necessária para otimizar a queima de combustível em ciclo Atkinson. Considerando que o Yaris queima apenas gasolina, que teoricamente exige taxa de compressão menor que a do álcool, é uma boa diferença para os 13:1 do Etios brasileiro, que é flex.

Toyota Yaris Hybrid
Hoje 40% dos Yaris vendidos na Europa são híbridos (Divulgação)

Para quebrar de vez com a regra de que motores menores são mais eficientes, o novo 1.5 do Yaris é 12% mais econômico que o antigo 1.3 (este sim praticamente igual ao de um Etios X vendido no Brasil). Além disso, o novo motor tem eficiência térmica de 38,5 %. Isso quer dizer que ele transforma 38,5% da energia liberada na combustão em energia mecânica, um dos melhores números do mercado europeu. 

Ainda que hoje 40% dos Yaris comercializados na Europa sejam híbridos, este passo mostra que a Toyota ainda aposta em motores aspirados. E isso até faz algum sentido. Turbocompressores ajudam a reduzir o consumo ao mesmo tempo que melhoram o desempenho, mas até que ponto seus benefícios e a complexidade mecânica que os acompanha são necessários em um legítimo carro urbano? O turbo ficou para o Yaris WRC, versão esportiva com motor 1.5 de 210 cv.

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