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Teste: Chevrolet Cobalt LTZ 1.8 automático 2012

Ao ganhar opções de motor 1.8 e câmbio automático, ele se qualifica para ocupar o lugar deixado pelo Astra

Por Por Ulisses Cavalcante | fotos: Marco de Bari
Atualizado em 20 fev 2021, 01h13 - Publicado em 1 out 2012, 14h06

testes

A renovação da linha Chevrolet exigiu alguns sacrifícios. A marca teve de se ausentar de segmentos importantes, abrindo mão de um terreno que começa a ser reconquistado. O Cobalt 1.4 está cumprindo, em parte, a tarefa de recuperar esse espaço. No entanto, por causa do motor limitado, não tinha forças para satisfazer os antigos donos de Astra nem aqueles que têm saudades das versões de base do Vectra (missão que, a rigor, é do Sonic). É nessa lacuna que se encaixa o Cobalt 1.8, que estende a gama do sedã para a faixa dos 43 000 até os 50 000 reais.

O motor é o mesmo que equipa a Spin e faz dupla com duas opções de transmissão. A caixa manual de cinco marchas é compartilhada com a minivan e, em breve, será instalada no Ônix (substituto do Corsa). Já a transmissão automática, dividida com Cruze, Sonic e Spin, tem seis marchas e opção de trocas manuais por meio de um seletor na alavanca. Na faixa dos 50 000 reais, nenhum outro modelo oferece um equipamento tão requintado, que não é comum nem em segmentos superiores.

Mais força

O Cobalt 1.8 Econo.Flex desenvolve 108 cv abastecido com etanol e 106 cv com gasolina. São 6 e 9 cv a mais, com os mesmos combustíveis, em comparação com o 1.4. No entanto, o destaque está na força. Seu torque máximo é de 17,1 mkgf a 3 200 rpm, ante os 13 mkgf do trem de força menor. A evolução de desempenho em relação à opção 1.4 é notável. Entretanto, ao comparar os resultados com a concorrência, o Cobalt fica para trás. Nos testes de retomada, a versão 1.8 manual fez tempos mais altos. Para ir de 40 a 80 km/h precisou de 6,6 segundos e marcou 15,3 segundos entre 80 e 120 km/h em quinta. Neste último, tanto Grand Siena como Voyage ficaram abaixo de 10 segundos.

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Por obra do torque farto em baixa rotação e do curso preciso da alavanca, a versão manual é prazerosa de guiar. Por outro lado, o conforto de não ter que trocar marchas proporcionado pela caixa automática vem acompanhado de mais silêncio na cabine, mérito das seis relações da transmissão do Cruze. A 120 km/h, o motor gira a menos de 3 000 rpm, contendo o ruído interno.

O diretor de marketing da GM, Gustavo Colossi, afirmou que a meta da engenharia era aumentar o desempenho e preservar o consumo do Cobalt 1.4. Eles conseguiram. O 1.4 fez 7,2 km/l dentro da cidade e 9,9 km/l na estrada, segundo as medições de QUATRO RODAS. O 1.8 manual registrou 7 e 9,8 km/l, nos mesmos regimes. O problema é que o consumo dos dois motores da Chevrolet é o maior entre a concorrência. Nesse quesito, tanto o 1.4 como o 1.8 ficam atrás de Versa 1.6 (8 e 11,5 km/l), Grand Siena 1.6 e Voyage 1.6. O consumo do Cobalt 1.8 A/T se equipara ao de sedãs grandes, como Cruze, Fluence, Jetta e Corolla. Todos os números foram obtidos com etanol.

Por fora, o 1.8 se diferencia do 1.4 por meio de discretos adereços visuais. As calotas e rodas de 15 polegadas são exclusivas, bem como o aerofólio na tampa do porta-malas. A traseira tem lanternas com fundo cromado e a dianteira tem máscara preta no LTZ. O top vem com frisos cromados nas laterais e régua espelhada no para-choque de trás, próximo da placa. O sensor de estacionamento é novidade e equipa apenas o mais caro.

Os preços começam em 43690 reais, para a versão LT 1.8, valor que se encontra com os 43 898 reais do LTZ 1.4. Apenas as versões LT e LTZ serão oferecidas com a motorização maior. O Cobalt LT 1.8 vem de série com ABS, airbags duplos, ar-condicionado e direção hidráulica ajustável em altura. É um pacote rico que, somado à transmissão automática, eleva o preço a 46690 reais. Já para a versão mais cara, os valores partem de 46 990 reais. A renovação da linha GM incluiu o compartilhamento de componentes de categorias superiores, movimento que beneficia compradores de carros mais em conta. Por isso, se você ainda tem saudades do Astra, faça um teste na transmissão de seis marchas do Cobalt. Isso vai ajudá-lo a esquecer o passado. A seguir, veja como a novidade se sai frente aos rivais automatizados.

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DIREÇÃO, FREIO
E SUSPENSÃO

Conjunto agrada pela maciez de rodagem.
A direção é firme, mas
a coluna poderia ter ajuste em profundidade, como o Cruze.

★★★★

MOTOR E CÂMBIO

O 1.8 parece ter nascido para o Cobalt e o câmbio de seis marchas leva requinte de carros mais caros ao segmento. O senão é que continua gastando mais que a concorrência.

★★★★☆

CARROCERIA

Design não é seu forte, mas compensa isso com espaço interno coerente e porta-malas gigante.

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★★★★

VIDA A BORDO

Oposto ao visual externo, o interior merece elogios. O acabamento mostra que a GM aumentou o rigor neste quesito. Os bancos são os mais confortáveis do setor.

★★★★

SEGURANÇA

Tem freios ABS e airbags de série, mas
é inadmissível que o passageiro do meio não tenha cinto de três pontos nem encosto de cabeça. Afinal, trata-se de um carro familiar.

★★★★

SEU BOLSO

O preço é mais alto que o dos rivais, mas ele vem completo de fábrica. Tem motor forte e câmbio moderno. O Cobalt foi bem aceito pelo mercado eaforçadamarcaé indiscutível. Por isso, vale o investimento adicional.

★★★★☆

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