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8 criações incríveis da Italdesign, estúdio de Giorgetto Giugiaro

De compactos populares a superesportivos italianos, a empresa assina os projetos de alguns dos carros mais cobiçados da história

Por Vitor Matsubara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 mar 2017, 19h57

Se você aprecia carros, provavelmente já ouviu falar na Italdesign. Fundada em 13 de fevereiro de 1968 por Aldo Mantovani e Giorgetto Giugiaro, a empresa nasceu em Moncalieri como Studi Italiani Realizzazione Prototipi S.p.A antes de assumir o nome atual.

Das pranchetas do estúdio saíram modelos icônicos na história da indústria automotiva mundial, criados sob encomenda de marcas como Alfa Romeo, Audi, BMW, Bugatti, Fiat, Lancia e Maserati, entre outras.

Depois de várias décadas projetando carros, a Italdesign Giugiaro S.p.A vendeu 90,1% de suas ações para o Grupo Volkswagen (representado na negociação por uma de suas marcas, a Lamborghini) em agosto de 2010. As ações restantes foram adquiridas pela Audi AG cinco anos depois, quando Giugiaro (um dos maiores nomes do design automotivo mundial) anunciou sua saída do comando da empresa que fundou.

Desde então, a Italdesign deixou de fazer projetos para outras montadoras. Mesmo assim, vale a pena relembrar abaixo algumas das melhores obras de um dos estúdios de design mais famosos do planeta.

VW Golf Mk1

Estilo moderno e esportivo: o Golf surgiu em 1974 substituindo o Fusca
Estilo moderno e esportivo: o Golf surgiu em 1974 substituindo o Fusca (divulgação/)

Criar um sucessor para o Fusca era a dura missão do estúdio Italdesign em meados dos anos 70. Nascia em maio de 1974 o Golf, um hatchback com tração dianteira e motor refrigerado a água. O design moderno incorporava os elementos de estilo presentes nos modelos mais requintados da VW, especialmente o Passat.

As linhas simples e funcionais combinavam elementos circulares (como os faróis) com traços mais retos em perfeita harmonia. A larga coluna “C”, desenhadas para transmitir robustez, se tornariam a principal marca registrada do Golf, resistindo até os dias atuais.

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DeLorean DMC-12

O DMC-12 ficou mais famoso pelas aparições no cinema do que pelo sucesso nas ruas
O DMC-12 ficou mais famoso pelas aparições no cinema do que pelo sucesso nas ruas (divulgação/Quatro Rodas)

Astro da trilogia “De Volta para o Futuro”, o DeLorean DMC-12 seduzia pelo visual. As portas com abertura do tipo asa-de-gaivota eram apenas um dos atributos do projeto idealizado por John Z. DeLorean, ex-vice-presidente da GM. A carroceria de aço inoxidável tinha traços futuristas para a época, mas o desempenho comedido era apenas um dos pontos negativos.

Atraído por benefícios concedidos pelo Reino Unido para erguer uma fábrica nos arredores de Belfast (Irlanda do Norte), DeLorean produziu as primeiras unidades em janeiro de 1981.

Atolado em dívidas, a empresa sucumbiu no ano seguinte por inúmeros motivos, como os problemas da qualidade de construção dos primeiros veículos, a flutuação do câmbio da libra esterlina frente ao dólar norte-americano e até a prisão de seu fundador sob a acusação de envolvimento com tráfico de drogas.

Apenas três anos após a falência da DeLorean Motor Company é que o DMC-12 se tornaria um ícone pop no papel de uma máquina do tempo criada pelo cientista Emmett “Doc” Brown.

Fiat Uno

Moderno, o Uno não tinha o capô envolvente de seu 'irmão' brasileiro
Moderno, o Uno não tinha o capô envolvente de seu ‘irmão’ brasileiro (divulgação/Quatro Rodas)

Um dos projetos mais famosos do estúdio italiano, o Uno foi apresentado em 1983. O sucessor do Fiat 127 abusava das linhas retas, favorecendo bastante o espaço interno para os passageiros – apesar das dimensões reduzidas.

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Alguns elementos, como a frente em cunha e a traseira truncada, contribuíam para o baixo coeficiente aerodinâmico de 0,34. O interior era bastante funcional: os comandos estavam ao alcance das mãos e podiam ser visualizados rapidamente sem dificuldades.

O Uno estreou no Brasil em 1984 com apenas uma (porém importante) alteração no projeto original: o capô envolvia uma porção dos para-lamas, abrindo espaço para a colocação do estepe no cofre do motor.

Saab 9000

Derivado de Fiat Croma e Alfa 164, o Saab 9000 tinha personalidade
Derivado de Fiat Croma e Alfa 164, o Saab 9000 tinha personalidade (divulgação/Quatro Rodas)

Nascido de uma insólita união com o grupo Fiat, o 9000 compartilhava plataforma e diversos componentes com três modelos do conglomerado italiano: Fiat Croma, Lancia Thema e Alfa 164.

Preocupada, a Saab solicitou à Italdesign um projeto bastante diferente de Croma e Thema (ambos também desenhados pelo estúdio), e assim surgiu um sedã de linhas funcionais com a identidade visual típica da Saab.

Curiosamente, o projeto foi retocado por Björn Envall, um designer da marca, antes de ganhar as ruas.

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Alfa Romeo Brera

Quase idêntico ao conceito de 2001, o Brera fez sucesso
Quase idêntico ao conceito revelado em 2002, o Brera fez sucesso (divulgação/Quatro Rodas)

Originalmente idealizado como um carro-conceito, o Brera estreou no Salão de Genebra de 2002. Diante da boa receptividade do público, a Alfa Romeo decidiu produzir o cupê 2+2 em série a partir de 2005.

Inicialmente havia três motorizações, sendo duas delas movidas a gasolina (2.2 de 180 cv e 3.2 V6 de 260 cv) e uma a diesel (2.4 turbodiesel de 210 cv). No ano seguinte a marca milanesa lançou o roadster Spider. Ambos sobreviveram até 2010.

BMW M1

O M1 tinha a frente em cunha dos esportivos da época, mas com a grade dupla dos BMW
O M1 tinha a frente em cunha dos esportivos da época, mas com a grade dupla dos BMW (divulgação/BMW)

Animada com o sucesso nas competições de turismo, a BMW queria entrar no mundo dos carros esporte. Nascia aí um projeto com variações para pista e rua, já que todo veículo de competição precisava ter, pelo menos, 400 unidades de passeio produzidas em série para ser homologado.

A área de competição ficou sob responsabilidade da divisão Motorsport, mas a BMW não tinha conhecimento suficiente para desenvolver um carro esportivo para as ruas. A saída foi convocar a Lamborghini, referência na área e, de quebra, com bom relacionamento dentro da Italdesign.

O estúdio de Giugiaro aproveitou alguns elementos existentes na própria BMW (como as lanternas do Série 6 da época) e fez o M1, um dos modelos mais belos já produzidos pela marca bávara. A frente baixa em cunha, elemento típico de vários esportivos da época, não dispensava a tradicional grade dupla dos modelos BMW.

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Do 635 CSi, aliás, vinha também o motor 3.0 de seis cilindros em linha, que entregava 277 cv na versão de rua e 470 cv no M1 de corrida.

Lancia Delta

O Delta original era bem diferente da lenda dos ralis, mas nem por isso era menos bonito
O Delta original era bem diferente da lenda dos ralis, mas nem por isso era menos bonito (divulgação/Quatro Rodas)

Talvez seja difícil reconhecer o Lancia Delta logo de cara, mas imagine esse carro na clássica combinação de cores da fabricante de bebidas Martini.

A primeira geração foi apresentada em 1974 e se tornou famosa no mundo inteiro pelo desempenho avassalador nos ralis. Além de correr na saudosa categoria Grupo B, o Delta conquistou seis títulos mundiais de construtores consecutivos entre 1987 e 1992.

Embora muita gente goste dos faróis redondos trazidos com o lançamento da versão HF 4WD em 1986, o design original cheio de linhas retas era bonito para a época e bastante funcional.

Lotus Esprit

De tão belo, o Esprit virou até carro de agente secreto
De tão belo, o Esprit virou até carro de agente secreto (divulgação/Quatro Rodas)

Famoso pela participação no filme “007 O Espião Que Me Amava” (no qual se transforma em um veículo submarino durante uma perseguição), o Esprit foi um dos projetos mais emblemáticos de Giugiaro – e por consequência da Italdesign. Lançado em 1975, o esportivo era praticamente idêntico ao carro-conceito exibido três anos antes.

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A frente em formato de cunha e as linhas retas eram fortes elementos de estilo do Lotus, presentes também em vários projetos assinados pelo estúdio italiano nos anos seguintes. Assim como as melhores criações de Colin Chapman, o Esprit nem era tão potente assim (seu motor era um 2.0 16V com 162 cv), mas se destacava pelo baixo peso: 1.100 kg.

O esportivo permaneceu em linha por quase 30 anos, período no qual sofreu várias atualizações em seu projeto e ganhou motores mais possantes.

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