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23 coisas que (talvez) você não saiba sobre o Range Rover

Rolls-Royce das trilhas ou exagero sobre rodas? O mais luxuoso dos Land Rover esbanja valentia e tecnologia há mais de quatro décadas

Por Vitor Matsubara
Atualizado em 9 nov 2016, 14h02 - Publicado em 12 set 2014, 19h25
geral

Algumas pessoas torcem o nariz ao ver um Range Rover pelas ruas das grandes metrópoles. Não é para menos: o porte gigantesco do utilitário esportivo realmente não faz dele o veículo mais adequado para o trânsito urbano. Mas poucos carros no mundo (sim, no mundo) são tão luxuosos e robustos como o SUV que leva o nome dado aos veículos mais requintados produzidos pela Land Rover.

Menosprezado pelos trilheiros mais conservadores, que preferem classifica-lo apenas como um “tanque de guerra feito para a cidade”, o Range Rover não fica atrás de nenhum jipe na hora de colocar o pé (ou melhor, o pneu) na lama. Afinal, desde o lançamento de sua primeira geração a Land Rover ressaltou que o Range Rover deveria ser capaz de fazer tudo que um Defender (o modelo mais valente fabricado em mais de 60 anos de história) poderia fazer.

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Veja a seguir 23 curiosidades sobre a história do utilitário esportivo que conseguiu associar duas características praticamente opostas entre si: a robustez de um autêntico veículo utilitário com o requinte dos melhores sedãs britânicos.

1. Os primeiros protótipos foram desenvolvidos na década de 1950. Eram peruas chamadas Road Rover, com tração traseira e motor 2.3 de quatro cilindros em linha. Os projetos acabaram descartados nove anos depois, mas não esquecidos.

2. Com a popularização de veículos com tração integral voltados não apenas para o trabalho pesado, a Land Rover desenvolveu um novo projeto, o 100-inch Station Wagon – o número de 100 polegadas fazia referência a sua distância entre-eixos de 2,54 metros. O veículo era equipado com um 3.5 V8 fabricado pela General Motors, graças a compra pela Land Rover dos direitos de produção do motor.

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3. Lançado em junho de 1970, o Range Rover inaugurou o segmento de SUVs de luxo numa época em que o mundo sequer pensava neste tipo de veículo. Ele surpreendia pelo conforto ao rodar, inconcebível nos veículos utilitários vendidos até então. Vários equipamentos eram dignos de sedãs de luxo, como suspensões com molas helicoidais (solução que muitos veículos de passeio nem usavam naquele tempo), sistema de nivelamento automático na traseira e freios a disco nas quatro rodas.

4. Apesar de ser bastante confortável, o Range Rover conseguia superar obstáculos fora-de-estrada com a mesma facilidade de um Defender. Equipado com caixa de transferência e três diferenciais, permitia que as quatro rodas fossem tracionadas até em pisos normais – a maioria dos sistemas só permite a habilitação da tração total em terrenos de baixa aderência, sob o risco de danificar a transmissão.

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5. O design quadrado sempre foi uma marca registrada do Range Rover, que até hoje preserva as linhas retas. A carroceria de quatro portas surgiu apenas em 1981, mas quando chegou decretou o fim da antiga versão duas portas.

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6. Duas unidades foram convertidas em “Papamóveis” para servir ao papa João Paulo II durante sua visita à Inglaterra, em 1982. Os carros tinham uma cabine envidraçada bastante alta na parte de trás para que o pontífice pudesse viajar em pé diante dos fiéis.

7. Atualmente ocupando o lugar mais nobre da linha Range Rover, a versão de alto luxo Vogue surgiu pela primeira vez em 1984; dois anos antes, o veículo adotou uma transmissão automática de três velocidades fabricada pela… Chrysler.

8. Embora já tivesse mais de duas décadas nas costas, o projeto do Range Rover continuava competitivo frente à concorrência americana e asiática. Antes da chegada da segunda geração, o utilitário recebeu novos motores e uma enxurrada de recursos tecnológicos, incluindo airbags frontais, suspensão a ar e controle de tração.

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9. Após longos 24 anos a segunda geração do Range Rover estreava na Europa. Apesar da forte semelhança com seu antecessor, tratava-se de um veículo completamente novo, com apenas 1% dos componentes aproveitado do primeiro Range – que permaneceu em linha após ser renomeado de Range Rover Classic. A proposta de combinar valentia com alto luxo foi mantida: o carro trazia interior revestido em couro Connolly (o mesmo tipo utilizado pela Rolls-Royce), sistema de entretenimento a bordo e ar-condicionado digital bizona, num tempo em que a maioria dos rivais trazia apenas climatização convencional.

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10. Assim como os outros modelos feitos pela Land Rover, o Range Rover fez bonito nos ralis que disputou. Foi o veículo mais rápido no primeiro rali Paris-Dacar, perdendo o título para uma moto porque a prova não tinha categorias separadas naquele tempo. Isso sem contar as inúmeras participações no Camel Trophy, um dos raids mais difíceis do mundo – e que teve algumas edições realizadas no Brasil.

11. Durante seus mais de 60 anos de história, a Land Rover teve vários proprietários. Originalmente criada pela Rover Company, foi absorvida pela British Leyland Motor Company em 1968. Quase vinte anos depois, em 1986, a marca passou para as mãos do Rover Group, que acabaria sendo adquirido pela BMW em 1994. Quando a Land Rover foi adquirida pela Ford Motor Company, em 2000, o projeto de um novo Range Rover já estava em desenvolvimento. Foi por isso que, mesmo sob nova administração, a terceira geração do Range Rover, apresentada no Salão de Detroit de 2002, tinha elementos de BMW no interior e motores desenvolvidos pela marca alemã.

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12. Antes famoso apenas pela capacidade de enfrentar trilhas com conforto de um sedã, o Range Rover ganhou uma versão para quem não prioriza tanto assim sua capacidade de superar obstáculos. Inspirado no conceito Range Stormer, o Range Rover Sport estreou em 2005 de olho nos clientes de Porsche Cayenne. Combinando o porte de um utilitário esportivo grande (quase um “tanque de guerra”), ele traz acelerações capazes de deixar qualquer superesportivo corado de vergonha. Méritos para o motor 5.0 V8 de 510 cv, que também equipa alguns modelos Jaguar.

13. O eficiente sistema Terrain Response, que hoje equipa praticamente todos os modelos da Land Rover, surgiu no Range Rover em 2007. Bastava um toque de botão para ajustar diversos parâmetros do veículo às mais diversas condições de terreno, incluindo terra, neve e areia. O modelo atual traz uma evolução do sistema, identificando automaticamente qual é o ajuste mais apropriado de acordo com o tipo de terreno em que o veículo está trafegando.

14. Em 2008, a Land Rover foi novamente vendida, desta vez para a Tata Motors. O grupo indiano pagou US$ 2,3 bilhões pelo controle da marca de utilitários e da Jaguar, que também pertencia à Ford. Mais tarde a transação se mostraria benéfica para todas as partes: os lucros da Tata Motors subiam proporcionalmente às vendas das marcas britânicas, que se recuperaram dos resultados desastrosos da era Ford e logo retomaram o prestígio perdido nos anos anteriores.

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15. A quarta geração surgiu em 2012, sendo o primeiro Range Rover desenvolvido sob administração indiana. Nitidamente inspirado no crossover Evoque, um dos maiores sucessos de vendas da história da Land Rover, ele conserva as formas retas que o acompanham há décadas. Acima, a versão Sport.

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16. Requinte sempre foi uma das maiores qualidades do Range Rover, mas o luxo foi levado a níveis nunca antes vistos na geração mais recente do modelo. O Range Rover Autobiography, que nasceu como opção de customização, virou a versão mais luxuosa da gama. Ele traz quase tudo que você pode imaginar dentro de um carro: DVD, geladeira, massageadores nos bancos, várias câmeras espalhadas pelo veículo e até fechamento das portas por sucção. Dá praticamente para morar dentro dele.

17. Apesar do porte abrutalhado, o Range Rover perdeu até 420 quilos em comparação com seu antecessor. O segredo está na estrutura monobloco (incorporando chassi e carroceria em uma peça só) feita 100% de alumínio. O material também é empregado na suspensão e em várias peças do motor.

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18. A habilidade para o off-road melhorou ainda mais. O Range Rover Vogue teve sua altura livre em relação ao solo elevada em 12,5 milímetros, aumentando os ângulos de entrada e saída. Com o incremento, o SUV agora é capaz de vencer trechos com até 900 milímetros de água sem maiores dificuldades.

19. São enormes as chances de o sistema de entretenimento a bordo do Range Rover ser mais avançado que o da sua casa. O som de alta qualidade fabricado pela Meridian pode ter até 23 alto-falantes (na versão Autobiography) e 1.700 watts de potência. Já a central multimídia traz uma tela com recurso Dual View, fazendo com que motorista e passageiro visualizem informações diferentes na mesma tela simultaneamente.

20. Toda a robustez associada aos veículos Land Rover não é à toa. No caso do novo Range Rover, o veículo passou por 1,5 milhão de horas de testes de engenharia simulados virtualmente e testes realizados com protótipos por 18 meses em 20 países diferentes.

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21. Apesar de ser constantemente criticado por organizações não-governamentais defensoras da natureza, como o Greenpeace, o Range Rover também é “amigo” do meio-ambiente. Prova disso é o lançamento da versão híbrida dos modelos Range Rover e Range Rover Sport. Ambos trazem o motor 3.0 SDV6 a diesel já vendido na linha e um motor elétrico de 35 kW. A potência combinada de 340 cv e torque máximo de 71,4 mkgf. Segundo a fabricante, o modelo pode rodar até 1,6 quilômetro somente com assistência elétrica. Para demonstrar sua robustez, a Land Rover fez uma viagem da sede da marca, em Solihull (Inglaterra), até o QG da Tata Motors (atual dona da montadora), em Mumbai, na Índia. A expedição Silk Trail 2013 percorreu 17 mil quilômetros, passando por 13 países e dois continentes.

22. Não bastasse ser o carro preferido de várias celebridades pelo mundo, o Range Rover tem uma proprietária bastante especial. Ou melhor, real. A rainha Elizabeth II dispõe de uma frota de veículos Land Rover para realizar deslocamentos pela Inglaterra – e fora do país também, já que a montadora é uma das empresas a ostentar o selo de garantia (“Royal Warrant”) concedido aos produtos utilizados pela Família Real. Sua Majestade, aliás, já foi até fotografada dirigindo seu Range Rover após sair de uma sessão de caça recreativa no castelo Baltimoral, na Escócia.

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23. Quem ainda não se satisfaz com os 510 cv do Range Rover Sport ganhará uma opção ainda mais invocada em breve. O Range Rover Sport SVR inaugura a nova linha de modelos de alto desempenho preparados pelo grupo Jaguar Land Rover. Segundo a marca, o carro entrega 550 cv e torque máximo de 69,3 mkgf, um incremento de 40 cv e 5,7 mkgf frente ao Sport “normal”. Números de desempenho indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos e velocidade máxima limitada em 260 km/h. O “monstro” chega ao Brasil em 2015.

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