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Sete pecados capitais prejudiciais para seu carro

Prolongue a vida de seu automóvel, fique longe dos vícios listados a seguir

Por Alexandre Ule Ramos
Atualizado em 3 Maio 2021, 12h10 - Publicado em 25 abr 2016, 15h52

Se no passado não eram poucos os carros que ferviam ao menor sinal de congestionamento, hoje eles rodam milhares de quilômetros sem apresentar grandes problemas. Mas um fato não mudou: a forma de dirigir afeta diretamente a durabilidade do veículo e os custos de manutenção.

Conheça os sete pecados que você pode cometer ao volante sem perceber e que causam desde um leve desperdício de combustível a uma quebra de câmbio automático.

Pegar no batente

Carro
(Ivan Carneiro/Quatro Rodas)

Ao manobrar, é comum segurar a direção hidráulica no fim do curso. Nesse momento, pode-se ouvir a bomba da direção chiando e até mesmo a correia.

Não adianta ficar forçando o volante no batente, pois as rodas já estão esterçadas ao máximo. Isso apenas desgasta a bomba da direção e reduz sua vida útil. Ao perceber que o volante está no fim do curso, alivie a pressão e manobre normalmente. Seu bolso agradece.

 

Acelerar, não frear

carro
(Ivan Carneiro/Quatro Rodas)

Quando estão em um congestionamento ou semá­foro em uma ladeira, muitos motoristas acabam mantendo o carro automático parado usando apenas a força do câmbio, acelerando aos poucos, principalmente em modelos que não são equipados com o sistema auto hold.

Isso deve ser evitado ao máximo, pois aumenta a temperatura da caixa e acelera o desgaste dos materiais internos, provocando problemas nas válvulas solenoides e nos discos de acoplamento. No futuro, a transmissão pode começar a patinar ou dar trancos nas trocas de marcha.

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Por causa desse mau hábito, você pode ter de mandar abrir o câmbio para fazer um conserto. Não vai sair por menos de 1.000 reais (para trocar as válvulas) e pode passar dos 15.000 reais (se a caixa for substituída).

A dica também vale para a transmissão manual. Segurar o carro em aclives só com a aceleração e a embreagem é até necessário em algumas situações, mas isso aumenta o desgaste do disco de embreagem.

O correto nas duas situações (em manuais e automáticos) é sempre deixar o pé no freio ou manter o freio de mão acionado enquanto o veículo estiver parado.

 

Ligações perigosas

bateria
(Ivan Carneiro/Quatro Rodas)

Quando a carga da bateria acaba, o normal é fazer a popular “chupeta”, ou seja, transferir energia de outro veículo por meio de cabos auxiliares. No entanto, se o seu automóvel tiver chaves codificadas, como a maioria dos veículos atuais, tome cuidado. Você deve retirá-la da ignição antes de conectar os cabos, pois há risco de queimar o chip eletrônico da chave.

Esse perigo é muito maior nas que não usam a haste metálica para dar a partida, como Renault Mégane, Mercedes, Volvo e importados premium, pois são mais sensíveis à sobrecarga. Nessa situação, o custo de uma nova chave pode passar de 3.000 reais.

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Não force a barra

roda

Nunca suba em calçadas sem rebaixamento do meio-fio. É um hábito que destrói ou abrevia a vida útil dos pneus, ainda mais se estiverem com baixa pressão. Dependendo do ângulo de entrada e da velocidade, os danos se estendem à direção e à suspensão.

Se por uma emergência tiver de subir na calçada (para fugir de um alagamento ou acidente), faça-o sempre em baixa velocidade e entre perpendicularmente, tocando ao mesmo tempo as duas rodas no meio-fio.

Por falar em pneus, vale lembrar que mantê-los calibrados é o melhor recurso para fazê-los durar mais e economizar dinheiro. Pneus murchos aumentam o consumo de combustível em até 20%, além de acelerar seu desgaste.

 

Parar sem freio

cambio
(Ivan Carneiro/Quatro Rodas)

Não deixe um carro automático estacionado na posição P sem o freio de mão acionado. Isso força a trava do câmbio, pois todo o peso estará apoiado nela – não projetada para o esforço –, provocando dificuldades de engate posteriormente.

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O ideal é colocar a alavanca na posição N, puxar o freio de mão, soltar o pedal de freio para se certificar de que o automóvel está totalmente imobilizado e só depois pôr a alavanca em P. O mesmo vale para a transmissão manual, a fim de evitar danos na engrenagem da marcha engatada.

 

Câmbio relaxante

cambio
(Ivan Carneiro/Quatro Rodas)

Alavanca de câmbio manual só serve para trocar as marchas, não para descansar a mão quando está num congestionamento. O péssimo hábito desgasta aos poucos o trambulador, peça que faz a comunicação da alavanca com o câmbio. Em alguns automáticos, como nos BMW mais novos, pode surgir uma folga na alavanca ou problemas nos contatos.

E nada de descansar levemente o pé no pedal de embreagem ao dirigir, um vício que desgasta o disco de embreagem. Isso diminui sua vida útil em até 50%, dependendo da pressão no pedal. A mesma dica se aplica a quem não pressiona o pedal de embreagem até o fim do curso ao trocar a marcha: desgastará o disco em excesso sem perceber.

 

A última acelerada

pedais
(Ivan Carneiro/Quatro Rodas)

Ainda tem gente que costuma dar uma última acelerada antes de desligar o motor. É um mito que vem da época do motor de dois-tempos, no qual o óleo era misturado ao combustível.

Acreditava-se que assim as paredes dos cilindros estariam mais lubrificadas e facilitariam a partida no futuro. Outros acreditavam que no motor de quatro tempos o excesso de combustível ficaria na câmara e ajudaria na combustão no próximo uso.

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Com a injeção eletrônica, nada disso faz sentido. O procedimento só desperdiça combustível. Em alguns modelos com motores turbo, ainda há o risco de a última acelerada interromper a lubrificação da turbina antes de ela parar de girar.

A lógica vale também para o hábito que muitos têm de manobrar o veículo dando várias aceleradas. Puro desperdício.

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