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Renault Duster Oroch

Maior que as picapes compactas e menor que as médias, o modelo da marca francesa reúne o melhor dos mundos com preço intermediário

Por Paulo Campo Grande | Fotos: Marco de Bari
Atualizado em 17 dez 2018, 15h50 - Publicado em 14 out 2015, 20h17
testes

A apresentação da nova Renault Duster Oroch começou com um test-drive do aeroporto ao hotel onde, depois, a picape foi mostrada em detalhes. Por isso, sem maiores informações prévias, a primeira impressão que tive foi de que ela era um Duster com o porta-malas descoberto. E só. Além do visual idêntico (da grade dianteira à porta traseira), a picape tem comportamento dinâmico igual ao do SUV, do qual deriva. Quem conhece o Duster vai perceber apenas que a suspensão ficou um pouco mais firme, em razão da maior capacidade de carga. O Duster carrega até 493 kg e a Oroch leva 650 kg (ocupantes e bagagem). A direção exige o mesmo esforço e responde do mesmo jeito. E o ambiente na cabine, posição de dirigir, ergonomia, visibilidade, é cópia do que existe no SUV. A sensação de que apenas o teto do porta-malas foi retirado só se desfez depois que conversei com os projetistas da Renault. Eles me explicaram tudo o que mudou na Oroch.

https://www.youtube.com/watch?v=As5v46eXSf8

Da coluna central para trás, a Oroch só não é toda nova porque itens como portas e suspensão vieram do Duster (a geometria traseira é multilink, da versão 4×4). Mas além das formas de picape, com caçamba, vigia traseira ou tampa basculante, sua plataforma foi refeita. Com chassi alongado e reforços nas colunas e travessas, o monobloco ganhou robustez e, melhor, ficou 15,5 cm maior na distância entre-eixos, o que faz toda a diferença para quem viaja no banco de trás. Na nova traseira, há mais espaço para pernas, ombros e cabeça.

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O assento fica em posição elevada em relação ao dianteiro, o que melhora a visibilidade dos passageiros. O ocupante central é penalizado pelo perfil do banco que não demarca um terceiro lugar específico no assento e ainda adiciona um descansa-braço embutido no encosto. Mas, até para esse ocupante, é melhor viajar em uma Oroch do que em um Duster.

Atrás, no lugar do porta-malas, há a caçamba. Além de levar mais carga, a picape oferece maior capacidade volumétrica: são 683 contra 475 litros. Com um extensor de caçamba, que permite esticar o espaço útil até o limite da tampa aberta, esse volume sobe para 989 litros.

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Picape baixo custo

Em relação ao acabamento, a Oroch segue o padrão Duster, que passou por melhorias na linha 2015. A versão top mostrada aqui traz frisos ao redor das saídas de ar e console com acabamento preto brilhante. Mas não dá para esquecer que o Duster nasceu como um modelo de baixo custo. Assim, há detalhes menos vistosos, como o plástico duro (na parte superior do painel), que revela a localização dos airbags, e o acabamento preto fosco dos raios do volante, que se desgasta com o tempo (e se torna preto polido). Por fim, ela herda ainda falhas do projeto do Duster, como a posição ruim dos botões do ar-condicionado e o puxador interno das portas traseiras, que não dão apoio suficiente.

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A Oroch será vendida em três versões: Expression 1.6 16V e Dynamique 1.6 16V e 2.0 16V. Com motor 1.6, o câmbio será manual de cinco marchas e no 2.0 terá o manual de seis marchas. Por enquanto, não haverá câmbio automático, e a tração será sempre dianteira. Os preços de tabela iniciais são de R$ 62 269 (Expression 1.6), R$ 66 790 (Dynamique 1.6) e R$ 72 490 (Dynamique 2.0). Isso posiciona a Oroch para brigar em duas frentes no mercado de cabine duplas: a das compactas, nas versões top, e a das médias, nas configurações de entrada.

A versão testada foi a Dynamique 2.0 16V, que vem equipada com rodas aro 16 (na Expression, a roda é de 15 polegadas), piloto automático, sensor de estacionamento e a central multimídia Media NAV (permite acesso às mídias sociais, Facebook e Twitter, e consultas por meio de aplicativo, via smartphone, a diversas fontes de informações na internet, além de conectar celulares da Apple). Entre os itens opcionais, há apenas bancos de couro. Mas existem ainda acessórios que serão vendidos na rede de concessionárias, como o kit visual instalado no carro de teste, chamado Outsider, que inclui protetor frontal com faróis adicionais, alargador de para-lamas, capota marítima e grade de proteção do vidro traseiro. Ao menos o protetor de caçamba é de série.

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Na pista de testes, a Oroch se saiu bem nas retomadas, beneficiada pela transmissão que ganhou relações 7% mais curtas, em relação ao Duster. Mas foi apenas mediana nas provas de aceleração, consumo e frenagem (veja os resultados clicando na ficha técnica abaixo).

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Depois de conhecer a Oroch, mudei de opinião: passei a considerá-la um Duster aprimorado, com uma caçamba e uma cabine mais espaçosa. Na medida ideal para quem quer uma picape, não necessariamente média, mas com espaço para a família.

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FICHA TÉCNICA
Motor flex, diant., 4 cilindros
Cilindrada 1998 cm³, 16V
Diâmetro x curso 82,7 mm x 93 mm
Potência 148/143 cv (etanol/gasolina) a 5.750 rpm
Torque 20,9/20,2 mkgf (etanol/gasolina) a 4.000 rpm
Câmbio manual, seis marchas, tração dianteira
Dimensões 469,3 cm (comprimento); 182,1 cm (largura); 169,5 cm (altura); 282,9 cm (entre-eixos)
Peso 1,346 kg
Peso/potência 9,1/9,4 kg/cv (etanol/gasolina)
Peso/torque 64,4/66,6 kg/mkgf (etanol/gasolina)
Porta-malas/caçamba 683 litros
Tanque 50 litros
Suspensão dianteira McPherson
Suspensão traseira multilink
Freios disco ventilado (diant.); tambor (tras.)
Direção hidráulica, 10,7 m (diâmetro de giro)
Pneus liga leve, 215/65 R16
Equipamentos computador de bordo, ar-condicionado, alarme, trio elétrico, banco do motorista com ajuste de altura, central multimídia, GPS, sensor de estacionamento e indicador de troca de marchas
Consumo urbano 8,1 km/l
Consumo rodoviário 11,4 km/l
0 a 100 km/h 11,8 s
0 a 1000 m 33,6 s – 151,6 km/h
Retomada 40 a 80 em 3ª (ou D) 7,1 s
Retomada 60 a 100 em 4ª (ou D) 10 s
Retomada 80 a 120 em 5ª (ou D) 14,4 s
Velocidade máxima 186 km/h
Frenagem 16,2 m (60 km/h); 27,3 m (80 km/h); 64,2 m (120 km/h)
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