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Mitsubishi L200 e Nissan Frontier preparam a invasão japonesa

L200 Triton e Frontier preparam um ataque simultâneo no ano que vem para tentar abalar o domínio de S10 e Hilux

Por Sérgio Oliveira
Atualizado em 23 nov 2016, 19h57 - Publicado em 16 set 2015, 14h15
Mitsubishi L200 e Nissan Frontier
As novas gerações das duas picapes chegarão importadas ()

Mitsubishi L200 Triton e Nissan Frontier fazem parte do segundo escalão do ranking de vendas das picapes médias no Brasil. Elas venderam 14.501 e 5.778 unidades, respectivamente, ao longo de 2015. É menos da metade das líderes, Chevrolet S10 (33.330) e Toyota Hilux (32.900). Para mudar esse cenário, as duas marcas japonesas já estão preparando as novas gerações, que estreiam em 2016.

A L200 virá inicialmente importada, para conviver com a geração atual, que é fabricada em Catalão (GO). Lançada no Salão de Genebra, em março, ela será vendida no início do ano como versão topo de linha, acima da atual L200 Triton Savana, de R$ 131.900. No fim de 2016, já como linha 2017, será a vez da Frontier, vinda da Argentina (hoje ela é feita no Paraná).

Enquanto ambas não chegam, fomos ao México para saber como elas andam. Das duas, percebe-se que a L200 é a que guarda mais semelhanças com a anterior. À primeira vista, parece que mudou bastante, com sua grade dianteira agora toda cromada e maior e os faróis mais afilados, enquanto as lanternas avançam pelas laterais. Mas o visual geral tem um quê de familiar, porque a Mitsubishi manteve sua principal característica, a linha em J que ajuda a dividir a cabine da caçamba. Segundo a empresa, 80% da picape é nova, deixando inalterado o chassi de longarinas.

Mitsubishi L200
L200 Triton traz brake-light embutido na tampa traseira ()

A Nissan foi mais longe. A nova Frontier é completamente diferente da sua predecessora. Comparada à L200, é mais tradicional em suas formas, mas também mais elegante, com um desenho mais aerodinâmico. O capô é mais alto nas laterais do que no meio, os para-lamas estão mais salientes e a lateral ganhou um suave vinco inferior, recursos criados para que o design geral parecesse mais musculoso, robusto. Faróis de neblina, estribos, retrovisores e barras no teto também cromados a deixam com aparência mais de SUV de luxo do que de picape de trabalho.

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Nissan Frontier
Frontier é mais conservadora por fora ()

Na Mitsubishi, o atrevimento exterior é esquecido por dentro, onde suas formas são bem conservadoras. O interior melhorou em materiais e execução. Há maior sensação de qualidade que antes, com plásticos mais agradáveis à vista e ao tato. Mas isso depende muito do lugar onde seja vendida, pois na Europa, por exemplo, o acabamento é bem diferente do da versão comercializada no México.

Mitsubishi L200
Na L200, câmbio pode ser manual de seis marchas ou automático de cinco ()

Como em quase todas as picapes médias, a L200 tem uma posição de dirigir que pode não ser muito confortável para os mais altos, porque os bancos dianteiros são baixos em relação ao assoalho, e isso faz os joelhos ficarem apontando para cima.

Ao entrarmos na Frontier, aumenta a sensação de requinte que já temos olhando por fora. Os materiais são superiores aos de sua rival. Os bancos mostram-se mais confortáveis e sua maior altura com relação ao piso nos permite sentar melhor, mais altos, com maior domínio da estrada.

Nissan Frontier
Acabamento interno da Frontier é superior ()

No banco traseiro, a L200 tem espaço de sobra para pernas e cabeça para duas pessoas. Colocar três compromete um pouco o conforto geral, especialmente de quem vai no meio, porque a parte central do banco é mais elevada e o túnel da transmissão, ainda que não muito alto, rouba espaço. Andar atrás na Frontier é parecido com estar na L200, mas com ligeira desvantagem. O espaço é similar, porém, com um terceiro ocupante, o túnel é mais alto e ainda há um porta-copos no piso, junto do banco, o que limita muito o conforto.

Ao volante, como o chassi da Mitsubishi é o mesmo de antes, não há muitas diferenças. Sem carga, a L200 ainda pula muito com as imperfeições do asfalto, algo normal numa picape 4×4 com eixo rígido e molas semielípticas. O mesmo não ocorre na Frontier, porque a Nissan trabalhou bem nessa área. Seu conforto é o mais parecido possível com o de um automóvel. A suspensão traseira também usa eixo rígido, mas as molas semelípticas agora têm a ajuda de braços de controle, o que melhorou bastante o conforto e a estabilidade.

A L200 só leva realmente vantagem ao andar em terrenos difíceis, porque a Frontier não oferece opção de tração 4×4 no México – o que não ocorrerá no Brasil. A Mitsubishi conta com o sistema EasySelect, que permite engatar a reduzida mesmo com o veículo em movimento, desde que esteja a menos de 100 km/h.

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Não comparamos os motores, pois os das versões mexicanas não serão vendidos no Brasil. A Frontier tinha um 2.5 a gasolina de 158 cv, mas a picape feita na Argentina deverá ganhar um diesel produzido no Brasil. Na L200, o 2.5 turbodiesel de 134 cv deverá ser substituído por um moderno 2.4 que na Europa vai de 153 a 184 cv.

Com tantas novidades à vista, não há dúvidas de que as duas picapes vão agitar o mercado das médias. O único problema é que, quando elas chegarem, já terão muito trabalho pela frente: vão encarar a nova geração da Hilux, que deve estrear em novembro. Haja trabalho!

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