Assine QUATRO RODAS por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Guia de Usados: Toyota Corolla (3ª geração)

Robusto, confortável e bom valor de revenda. Ele é um cheque visado entre os usados

Por Felipe Bitu
Atualizado em 27 jun 2018, 13h11 - Publicado em 10 set 2013, 02h24
Toyota Corolla GLi 1.8 Flex 2009 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Corolla nacional já apareceu nesta seção em novembro de 2003 (primeira geração nacional) e em fevereiro de 2007 (segunda).

Este das fotos surgiu em abril de 2008: maior e mais largo, ele manteve a confiabilidade, o valor de revenda, o desempenho, a economia e o conforto que há anos fidelizam sua clientela.

A confiabilidade é um valor inerente da Toyota: os projetos são norteados pela simplicidade, mas materiais e mão de obra são de qualidade.

O resultado é a fama de inquebrável, que tem seu preço, quase sempre superior ao de rivais maiores. A alta liquidez faz do sedã um cheque visado no mercado: basta anunciar que vende.

Toyota Corolla SE-G 2008 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Discreto, o Corolla prioriza o conforto: todos têm direção elétrica, ar-condicionado, airbags, trio elétrico, computador de bordo e som com MP3. O porta-malas de 470 litros é um trunfo, mas não espere muito do espaço traseiro para as pernas.

O básico XLi nasceu com um 1.6 a gasolina. De acabamento simplório, perdia em vendas para o XEi, com motor 1.8, airbags laterais, ABS, faróis de neblina, rodas de liga, ar digital, volante multifunção e abertura das portas na chave.

Continua após a publicidade

Câmbio automático de quatro marchas, bancos de couro e piloto automático eram opcionais. O top SE-G, com câmbio automático de série, acrescentava faróis de xenônio, acabamento simulando madeira, banco de couro (o do motorista com regulagem elétrica de altura) e sensor de ré e de chuva.

Toyota Corolla GLi 1.8 Flex 2009 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Devido ao abismo entre XLi e XEi, em 2009 surgiu um XEi simplificado: o GLi não tem farol de neblina, pisca no retrovisor e airbag lateral.

No ano seguinte, vem o 2.0 de 153/142 cv com câmbio automático sequencial com comandos no volante, exclusivo dos XEi e Altis. Este substitui o SE-G, enquanto o 1.6 deixa de ser oferecido.

A linha 2012 recebeu leves mudanças na dianteira e traseira e ganhou um 1.8 de 144/139 cv, com um novo câmbio manual de seis marchas (com o automático de quatro opcional).

Robusto, confortável e bom de loja, só decepciona quem busca esportividade: é um carro pouco comunicativo, que filtra a resposta de direção, suspensão e freios, sem a emoção de um Focus ou Civic.

Continua após a publicidade
Toyota Corolla XEi 2008 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Fuja da roubada

Evite o XLi. Além do acabamento simplório, o ar-condicionado é analógico e o ABS só existe na versão automática com motor de 1,6 litro a gasolina, considerado fraco para seu porte.

Nós dissemos – Maio de 2008

Toyota Corolla XEi e Honda Civic LXS durante teste comparativo de maio de 2008 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

“As estradas do carro da Toyota sempre parecem mais bem asfaltadas – certos buracos que marcam no Civic simplesmente desaparecem. E não pense que o Corolla é molenga: dentro do uso normal, os dois fazem as mesmas curvas. (…) O Toyota tem quatro marchas e travamento de conversor apenas em terceira e quarta.

Ainda assim, o Corolla foi melhor nos testes de desempenho e consumo. (…) Você não se apaixona por um Corolla, aprende a gostar. Sem dirigir outros carros, é capaz de o motorista nem notar o admirável esforço da Toyota em amenizar as durezas do trânsito. O foco não está na máquina, mas na vida de quem a usa.”

Onde o bicho pega

Toyota Corolla GLi 1.8 2010 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Sonda lamba: Desconfie de carros com marcha lenta irregular ou estouros no escape. Maus mecânicos trocam sondas originais por universais do mercado paralelo, com valor de resistência incorreto.

Transmissão: Vibração nas rodas dianteiras após o balanceamento indica mau funcionamento ou desgaste das juntas tripoides (trizetas), peças que transmitem o torque do câmbio para as homocinéticas.

Continua após a publicidade

O ideal é substituir o semieixo danificado, ao custo de 1.000 reais, já com a mão de obra.

Válvulas: Até a linha 2011, o motor 1.8 não utilizava tuchos hidráulicos, por isso a folga das válvulas deve ser verificada a cada 20.000 km – em geral pedem ajuste só a 60.000 km.

Portanto, fique atento a qualquer barulho anormal no cabeçote.

Defletor do spoiler dianteiro: Ele se rompe com facilidade em saídas de garagens. Se estiver danificado, provocará barulho em altas velocidades e comprometerá o encaixe da capa do para-choque.

Câmbio automático: O fluido deve ser inspecionado a cada 40.000 km. Também é recomendável a troca do filtro do fluido e limpeza dos ímãs internos, que fazem a retenção de limalha.

Continua após a publicidade

Uma revisão preventiva custa em torno de 250 reais.

A voz do dono

“Robusto e confiável, ele aguenta a buraqueira do Brasil e não pede oficina à toa. O motor responde bem, apesar do câmbio automático de quatro marchas. O consumo é baixo, considerando seu peso e desempenho. É muito seguro, estável e confortável, mas a largura excessiva atrapalha na hora de estacionar.”

Hila Cavalcante, 66 anos, servidora pública, Piracicaba (SP)

O que eu adoro

“O que impressiona é o consumo: é muito bom para um carro com esse tamanho e desempenho. Pelo preço, só há outro igual: o Civic que guardo na outra vaga de garagem.”

Milton D’Emilio, 63 anos, advogado, São Bernardo do Campo (SP)

O que eu odeio

“O espaço interno não é proporcional às dimensões externas: quem viaja atrás merecia um pouco mais de espaço. E a ergonomia também deixa a desejar.”

Luis Roberto Silva, 55 anos, representante comercial, São Paulo (SP)

Preço dos usados (em média) 

XEi 1.8 auto:
2009:
 R$ 41.219
2010: R$ 42.854
2011:
2012:
2013:

Continua após a publicidade

SE-G 1.8 auto
2009:
 R$ 44.326
2010: R$ 46.315
2011:
2012:
2013:

GLi 2.0 auto
2009:

2010:
2011: R$ 47.923
2012: R$ 53.478
2013: R$ 57.881

*Valores atualizados em junho de 2018

Pense também em um… Honda Civic

Toyota Corolla XEi e Honda Civic LXR durante teste comparativo da revista Quatro Rodas. (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Corolla e Civic são grandes rivais – e parecidos entre si. São conhecidos por mecânica robusta e confiável, valor de revenda, padrão de qualidade e nível de itens de série.

A diferença do Civic é que ele abre mão da funcionalidade em favor da esportividade: do estilo agressivo à resposta dos comandos, tudo nele evoca o prazer de dirigir, mesmo nas versões automáticas.

Se o conteúdo pouco varia entre as versões LXS, LXL e EXS, a coisa muda de figura na esportiva Si, com seu 2.0 de 193 cv e câmbio manual de seis marchas com diferencial de deslizamento limitado.

Apenas não se esqueça da suspensão mais firme e do porta-malas pequeno, de apenas 340 litros.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.