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Proteção ameaçada: quando a garantia de fábrica é perdida à toa

Você sempre faz revisões periódicas do seu carro para não perder a garantia? Cuidado: mesmo assim você corre o risco de ficar sem a cobertura de fábrica

Por Gustavo Henrique Ruffo
Atualizado em 22 abr 2021, 23h54 - Publicado em 8 set 2015, 13h53
Desenho de carro
(Denis Freitas/Quatro Rodas)

Em tempos de garantia que duram cinco ou seis anos, vender o usado ainda sob a proteção da fábrica é uma ferramenta que ajuda a valorizá-lo. Mas mantê-la em dia pode ser mais difícil do que parece, pois há diversas situações em que essa cobertura é perdida – e muitos proprietários nem desconfiam disso.

Não estamos falando de não fazer as revisões programadas. Para a maioria das marcas, a simples instalação de um rádio ou de travas e vidros elétricos já é motivo de cancelamento imediato de garantia — independentemente de algum problema que eles venham a causar.

Então, se você pensa em comprar um modelo básico para equipá-lo depois, cuidado. Pergunte a uma autorizada o que é permitido. Mas, em geral, nada pode ser instalado num carro em garantia, até mesmo um mero protetor de cárter.

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A coisa muda de figura, porém, se os acessórios forem homologados pela montadora e instalados em uma concessionária. Mesmo que eles sejam iguais aos vendidos em lojas de som.

Portanto, ou você compra o zero-quilômetro já equipado ou espera acabar a garantia para colocar alguns desses itens no mercado paralelo.

Poucos desconfiam que até a demora em reparar uma colisão pode ser razão para ficar desprotegido. Na Peugeot, por exemplo, um carro batido tem tempo certo para ser consertado. Se isso não for feito em até dois meses depois do acidente, ainda que faça o conserto em revenda da marca, a garantia contra corrosão da carroceria será invalidada.

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É verdade que várias concessionárias terceirizam seu serviço de funilaria e pintura. Mesmo se esse for o seu caso, não leve o carro à oficina externa. Se não houver o aval da autorizada, perde-se a garantia contra corrosão. É por isso que às vezes paga-se a mão de obra de concessionária por um serviço que foi realizado fora dela.

Até um simples alinhamento e balanceamento de rodas pode ser motivo para entrar em atrito com a rede autorizada. A Jeep, por exemplo, afirma que “o carro precisa passar pela concessionária para não colocar a garantia em risco”. Para qualquer serviço. O mesmo vale para a Audi.

Mas a maioria das marcas é mais tolerante, ao permitir que os dois serviços sejam feitos fora da rede. A ressalva é que o alinhamento tem de ser realizado seguindo os parâmetros da montadora. No entanto, se for comprovado algum problema por alinhamento mal feito, a garantia pode ser cancelada.

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Outra questão é o prazo das revisões, cuja tolerância costuma ser até 30 dias ou 1.000 km após a data ou quilometragem estabelecida. Quem perde esses limites também fica sem a proteção de fábrica, mesmo que queira fazer logo depois a revisão estabelecida no manual.

desenho
(Denis Freitas/Quatro Rodas)

É importante ter em mente que, dependendo do fabricante, perde-se a garantia de uma parte do veículo e não de outra. Se você esqueceu o prazo da troca de óleo, só a garantia do powertrain será perdida. Fez um reparo de lataria em uma funilaria independente? Apenas a carroceria está desprotegida contra corrosão.

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Saiba, porém, que essa política varia de marca para marca e, às vezes, até de uma concessionária e outra. O segredo em caso de perda de prazo é conversar, argumentar, para mostrar à autorizada que uma coisa não afeta a outra. Se ela não aceitou, tente outra concessionária. Às vezes dá certo.

Já o pneu é um caso à parte. Quando ele apresenta algum defeito, como uma escamação ou ondulação, praticamente todas as marcas de automóveis pedem que a garantia seja cobrada em uma loja revendedora oficial do fabricante do pneu.

Óleo do motor

Umas das principais razões que fazem o proprietário fugir das concessionárias são os preços, que costumam ser mais altos que os da oficina comum. Uma maneira de economizar sem abrir mão da garantia é perguntar sobre a possibilidade de comprar, por exemplo, o óleo fora da rede.

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Como ele não é produzido pela montadora, em tese não haveria problema em comprá-lo fora (desde que a especificação seja a mesma) e pedir para a concessionária trocá-lo, pagando só a mão de obra.

O mesmo vale para a instalação de um rádio. Já fizemos os dois procedimentos em carros de teste de Longa Duração e nunca tivemos problemas. A questão é que essa é uma prática pouco comum e varia de uma concessionária para outra.

 

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